aquele cheiro de cerveja me veio abruptamente, sem meios nem motivos. as madrugadas não são tão badaladas como foi a de hoje, não sai de casa mas fiquei ouvindo os típicos cds de uma garota como eu gosta de ouvir. deitada em meu sofá vendo aqueles programas importunos que gostam de torturar as pessoas. eu realmente não tinha nada de interessante pra ver ou fazer. me veio a magnífica ideia de fazer coisas que eu nunca havia feito. em pleno raiar do dia me veio uma vontade de sair, dar a louca. minha mente insana corroia todos os meus pensamentos. aquele cheiro me lembrava um príncipe. o príncipe que não fazia parte de um conto de fadas.
não era bem um príncipe, afinal eu nem era apaixonada por ele. príncipes são por quem as princesas se apaixonam. principes não fumam, não bebem, não fumam maconha, não transam, não tocam punheta, não tiram notas baixas, não vão a escola. príncipes só tem cabelos claros e olhos verdes. e que olhos são aqueles, deixam qualquer um que passa entorpecido. ao crusar meus olhos com os seus pela primeira vez eu fiquei completamente hipnotisada. eles eram grandes quando olhavam pra mim, grandes esmeraldas verdes. eles estavam vermelhos, na verdade. bem vermelhos por conta da maconha. um súbito momento de insanidade da minha parte tive vontade de arranca-los de seu globo.
eu sou fascinada por suas esmeraldas. elas vem acompanhadas de um rosto, um corpo de traços leves. aquela barriga branca e magra me faz gozar de loucura. ele cheira a cigarro, e todos aqueles cheiros que um principe nunca vai ter. mas ele ainda é um principe. seus olhos deslisaram por todo o meu corpo, meus olhos, meu nariz, minha boca, meus seios, minha barriga, minhas coxas, meus pés. havia um tipico brilho naquelas esmeraldas, era o desejo. principes são carinhosos, e detalhistas. isso fazia dele um principe. acariciava meu corpo com suas mãos macias, e suas esmeraldas me deliravam.
em minha cama sonho todas as noites com aqueles olhos, e com seu cheiro de cerveja. eu tinha tudo aquilo, e não era aquilo que eu realmente queria pra mim. principes são só em contos de fadas. eu gosto dos lobos-mau!
o lobo da rede, e dos olhos-esmeralda.
março 27, 2010
março 22, 2010
eu, por ele.
eis que surge ela, com seu espectro limpo, uma ninfa, uma deusa. tão bonita por dentro que chega a cegar impuras almas como a minha. eu me rendo a ela como um perecei ao ajoelhar-se diante de seu rei. ela é tão bonita por dentro como por fora. seus olhos escuros, sua pele macia e sua boca carnuda me despertam desejos jamais despertados antes. ela vem com seus cabelos dourados ao sol do meio-dia em minha direção, e eu não tenho pra onde fugir. minhas pernas não se movem. o meu amor por ela é imenso. ela passa, fala comigo. Dá-me um beijo e um abraço. eu não me movo, não posso falar sobre os meus sentimentos para ela.
sentada ao meu lado percebo que ela é ainda mais bonita de perto, mas eu não posso ter um contato tão próximo dela assim, somos só bons amigos. ela me derrete com aquela risada espalhafatosa e seu sorriso metálico, ela é linda. eu sofro de amores por ela. amar é uma arte, sofrer faz parte, ela sempre diz. eu até tentei jogar um charme pra ela com toda a minha idiotice e jeito menino maduro e amigo de ser. sou mais um súdito aos pés da princesa. ela é rodeada por todos aqueles amigos fortes, ombrudos ou somente mas velhos, não a vejo com mulheres, e quando vejo não são muitas. somos quatro, um casal de amigos, que são só amigos, e eu e ela. eu a amo. ela não me ama, ou se ama não demonstra.
suas feições e sua valentia me tiram do sério. ela é ainda mais perfeita quando me abraça, faz todo o meu mundo girar. sou a primeira pessoa que ela cumprimenta, eu a amo. trocamos mensagens e segredos. eu a amo. não estou certo se isso é amor, mas se for, vejo o quão bonito é amar. eu não sou digno de seu amor. não sou.
- hahaha, mal sabe ele o quanto eu o amo.
sentada ao meu lado percebo que ela é ainda mais bonita de perto, mas eu não posso ter um contato tão próximo dela assim, somos só bons amigos. ela me derrete com aquela risada espalhafatosa e seu sorriso metálico, ela é linda. eu sofro de amores por ela. amar é uma arte, sofrer faz parte, ela sempre diz. eu até tentei jogar um charme pra ela com toda a minha idiotice e jeito menino maduro e amigo de ser. sou mais um súdito aos pés da princesa. ela é rodeada por todos aqueles amigos fortes, ombrudos ou somente mas velhos, não a vejo com mulheres, e quando vejo não são muitas. somos quatro, um casal de amigos, que são só amigos, e eu e ela. eu a amo. ela não me ama, ou se ama não demonstra.
suas feições e sua valentia me tiram do sério. ela é ainda mais perfeita quando me abraça, faz todo o meu mundo girar. sou a primeira pessoa que ela cumprimenta, eu a amo. trocamos mensagens e segredos. eu a amo. não estou certo se isso é amor, mas se for, vejo o quão bonito é amar. eu não sou digno de seu amor. não sou.
- hahaha, mal sabe ele o quanto eu o amo.
março 20, 2010
aquela decadencia pouco comum
Estava ela sentada nas tão famosas cadeiras de plástico afogando suas magoas em um copinho de pitu. Ouvindo aquela musica empolgante daquelas bandas não tão famosas assim que tocavam por aquelas ruas no recife antigo, percebeu que o quão gigante era o mundo fora de seu umbigo. Viu aqueles caras que tem precisam vender drogas pra sobreviver, e os que não precisam mas vendem mesmo assim. Viu aqueles caras na rua que vendem artesanato pra sobreviver, e eles precisavam mesmo. Bebeu mais uma dose, e viu todos aqueles filhinhos de papai que cheiravam loló sentados ao meio-fio. Viu todos os movimentos que o baterista fazia com suas baquetas. Ela viajou na imagem que eles faziam. Bebeu outra dose. Se levantou de sua cadeira, foi até aquele cara que vendia drogas, pediu um dólar de dez. Fez o cigarro, noiou pesado. Foi até o cara do artesanato. E comprou tudo o que ele podia vender com 30 reais. Encontrou com seus amigos de infância, em plena decadência de uma pessoa. Ela caiu no chão, vomitou todo seu egocentrismo, toda sua decadência. Ela estava sozinha. Seus amigos riam e ela percebeu que a moral que ela tinha havia perdido, em pleno antigo. Quem era ela naquela hora? Os seguranças tentaram a ajudar, perguntaram onde ela morava, seu nome. Ela não sabia. Deitou-se em pleno meio-fio as 4h50 da manhã. Anjos e auras coloridas iam buscá-la, ela conversou com elas como se fossem reais. Ela se levantou como se não tivesse acontecido nada, seus cabelos bagunçados faziam parte de seu declínio. e foi cambaleando pelas ruas perdidas daquele antigo pouco movimentado.
como um cachorro pode ser tratado
seu ultimo movimento que me lembro foi um beijo de longe. o sinal tocou e ele se foi. minha vida rotineira de terceiranista não é tão legal pra quando eu era primeiro ou segundo. aquelas aulas monótonas e absurdamente chatas, como é que alguém pode assistir duas aulas de matemática, e as suas ultimas da sexta-feira? não que eu não goste mas eu prefiro estar em boas companhias na sexta. sexta-feira é dia de cerveja, e não fui eu quem disse isso.
suas feições engraçadas me chamam a atenção. é um homem esguio e alto, tem um nariz grande e cabelos claros. me trata como se eu fosse uma amiga intima, pra quem conhece há pouco tempo é estranho. acho que nós temos algo muito bom pra viver ainda. ele se acha insignificante perante a minha beleza toda. e é verdade.
a sexta tinha tudo pra ser a melhor possível, apesar do minha doença que até agora parece que é incurável porque não passou ainda. mas sabe como é, tem sempre algo que estraga nossa felicidade. ele se foi, sem ao menos dizer adeus. nem um sorriso na cara pra dizer que estava indo. não posso esperar que uma pessoa que não saiba que eu a amo faça esse tipo de coisa. é eu o amo, mas não como uma mulher ama seus seios, ou um homem ama seu pau. mas eu o amo, como uma criança ama seu cachorro. um amor meio... puro. e ele nem sabe. é por isso que eu me apego aos meus cigarros, eles me amam, e eu preciso deles.
me deitei a noite eram 2h23, e pensei na covardia que ele tinha feito. não me tratou nem como um cachorro deve ser tratado. sonhei com seus cabelos e sua barba por fazer, apenas sonhei e pedi pra que toda aquela sexta fosse um sonho também.
suas feições engraçadas me chamam a atenção. é um homem esguio e alto, tem um nariz grande e cabelos claros. me trata como se eu fosse uma amiga intima, pra quem conhece há pouco tempo é estranho. acho que nós temos algo muito bom pra viver ainda. ele se acha insignificante perante a minha beleza toda. e é verdade.
a sexta tinha tudo pra ser a melhor possível, apesar do minha doença que até agora parece que é incurável porque não passou ainda. mas sabe como é, tem sempre algo que estraga nossa felicidade. ele se foi, sem ao menos dizer adeus. nem um sorriso na cara pra dizer que estava indo. não posso esperar que uma pessoa que não saiba que eu a amo faça esse tipo de coisa. é eu o amo, mas não como uma mulher ama seus seios, ou um homem ama seu pau. mas eu o amo, como uma criança ama seu cachorro. um amor meio... puro. e ele nem sabe. é por isso que eu me apego aos meus cigarros, eles me amam, e eu preciso deles.
me deitei a noite eram 2h23, e pensei na covardia que ele tinha feito. não me tratou nem como um cachorro deve ser tratado. sonhei com seus cabelos e sua barba por fazer, apenas sonhei e pedi pra que toda aquela sexta fosse um sonho também.
março 18, 2010
meus rémedios sem efeito
Deitada em meu quarto analisando as minhas paredes descascando, vejo o mundo alegre e claro passar lá fora. estou eu aqui deitada nessa cama que parece afundar a cada minuto sob o efeito do maldito remédio. adoeci sem mais nem menos. dormi a tarde toda e a noite dava aqueles cochilos. às 5h45 da manhã o rádio-relógio me acorda com uma música bem animadora, mas o maldito remédio não tinha feito efeito ainda. me levanto, e vou até o meu monitor, sento bem em sua frente... É ele realmente fez o que havia prometido, fui comer, tomar meu banho. li sua história. me comoveu, me ganhou mesmo. foi uma situação engraçada, descreveu exatamente como tinha sido, menos uns detalhes.
ao sair de casa, me deparei com os senhores e senhoras atravessando a rua, transitando com os carros em plena avenida. eu esperei meus habituais 30 minutos na parada por aquele ônibus maldito: casa amarela/nova torre. só tinha 10 reais no bolso, a cobradora disse que não teria troco pra me dar. me revoltei, é obrigação deles me darem o troco, e eu lá... completamente doente, em pé, esperando a cobradora arrumar meu troco. eu estava suando frio e me tremendo, mas eu fui para aquele bendito colégio naquele dia. desci do ônibus, me tremendo e respirando fundo. cheguei bem a tempo do sinal ter tocado.
a procura dos meus amigos com o papel na mão, eu havia esquecido toda a noite anterior, e o episódio do ônibus. me dirigi até o porteiro pra perguntar dos meus amigos, ele não sabia ao certo. Merda, pensei na hora. então fui eu mesma procurar, achei boa parte deles. mas o que eu queria, o principal. ELE não estava lá. Ta atrasado, pensei comigo. Não estava. ele não foi. nem ao menos avisou para seus amigos, não fui atrás. deixei pra lá. voltei pra minha casa após exibir para todos os meus colegas aquela história. me sentindo como se fosse a mona lisa ou uma Iracema inspiradas por grandes artistas. as musas. a musa era eu, num momento em particular.
tomei outro remédio, e voltei a minha nóia viciante. as vezes acho que vou ter uma overdose. me deito novamente em minha cama e olho as luzes fortes que minha cama reflete, elas me dão dor de cabeça. e uma grande dor de cabeça. me desligarei do mundo por 30 minutos e que meus sonhos me levem até o pátio dos céus.
ao sair de casa, me deparei com os senhores e senhoras atravessando a rua, transitando com os carros em plena avenida. eu esperei meus habituais 30 minutos na parada por aquele ônibus maldito: casa amarela/nova torre. só tinha 10 reais no bolso, a cobradora disse que não teria troco pra me dar. me revoltei, é obrigação deles me darem o troco, e eu lá... completamente doente, em pé, esperando a cobradora arrumar meu troco. eu estava suando frio e me tremendo, mas eu fui para aquele bendito colégio naquele dia. desci do ônibus, me tremendo e respirando fundo. cheguei bem a tempo do sinal ter tocado.
a procura dos meus amigos com o papel na mão, eu havia esquecido toda a noite anterior, e o episódio do ônibus. me dirigi até o porteiro pra perguntar dos meus amigos, ele não sabia ao certo. Merda, pensei na hora. então fui eu mesma procurar, achei boa parte deles. mas o que eu queria, o principal. ELE não estava lá. Ta atrasado, pensei comigo. Não estava. ele não foi. nem ao menos avisou para seus amigos, não fui atrás. deixei pra lá. voltei pra minha casa após exibir para todos os meus colegas aquela história. me sentindo como se fosse a mona lisa ou uma Iracema inspiradas por grandes artistas. as musas. a musa era eu, num momento em particular.
tomei outro remédio, e voltei a minha nóia viciante. as vezes acho que vou ter uma overdose. me deito novamente em minha cama e olho as luzes fortes que minha cama reflete, elas me dão dor de cabeça. e uma grande dor de cabeça. me desligarei do mundo por 30 minutos e que meus sonhos me levem até o pátio dos céus.
março 13, 2010
ultimas palavras
o mundo que gira ao meu redor não pertence mais. eu não sei se alguma vez já pertenci a ele. eu não vivo mais na luz onde todos vivem, eu vivo numa escuridão onde posso ver as coisas terríveis desta vida. não tenho mais motivo pra continuar nessa escuridão, será que alguém pode me tirar daqui? isso é uma tortura, eu vejo uma mão. eu não a alcanço. de quem será essa mão? eu quero sumir. eu quero viver na luz. fantasmas do passado me perseguem. fantasmas do presente me maltratam, eu não sinto que pertença mais a esse mundo. não tenho ninguém ao meu lado pra compartilhar essa dor, fantasmas do presente me torturam. será que eu tenho alguma chance de sobreviver? Pai nosso que estás no céus, Santificado seja o Teu nome... Alguma chance?... Venha nós o Teu reino, Seja feita a Tua vontade... Estou perdida num caminho sem volta... Assim na terra como nos céus, Santificado seja o Teu nome... Deus, me mostra a luz que tanto preciso... Mas livrá-nos Senhor, do mal... Me ajuda se é que você existe, não quero mais que me dê o que não preciso... A...M...É...M.
Ao meu lado, os céus me chamam. Os primeiros Raios de Luz vem me cegar. Boa noite, que eu descansarei num sono eterno.
Ao meu lado, os céus me chamam. Os primeiros Raios de Luz vem me cegar. Boa noite, que eu descansarei num sono eterno.
março 09, 2010
o primeiro.
O gemido que antecede o gozo
Devorando os sentidos,
incentivando mordidas.
Ondas que crescem, ganham
forças, somos capazes
de transformar instantes de prazer,
em momentos intermináveis de gozo profundo.
Nos preenchemos, tudo à volta
perde o sentido, e nos tornamos
um só corpo..
Devorando os sentidos,
incentivando mordidas.
Ondas que crescem, ganham
forças, somos capazes
de transformar instantes de prazer,
em momentos intermináveis de gozo profundo.
Nos preenchemos, tudo à volta
perde o sentido, e nos tornamos
um só corpo..
março 08, 2010
chamada inesperada
o telefone tocou, era ele. ela ficou excitada ao ver que ele havera ligado pra ela. ele nunca ligava. ele a chamou pra ir a sua casa, mas ela falou que não poderia ir. tinha um trabalho da faculdade pra fazer, eles será namorados ha muito tempo. incrível como ele nunca ligava pra ela. tinha feições bonitas. tinha os olhos claros, um verde bem chamativo. as vezes ela parava pra olhar seus olhos, e ficava o beijando ou apenas olhando seus olhos. ela apareceu de surpresa na casa dele aquela noite. eles se beijaram lambusando-se em saliva. ele dizia que a amava ao mesmo tempo em que batia. "tapa de amor não dói", doía sim. mas não importava. eles transavam ardentemente afogando-se em seus próprio suores. eles cheiravam a sexo. aquela noite foi a melhor que havia passado com ele. andaram toda a casa, e ele não parava de elogiar os seus "peitinhos". eles eram grandes e bonitos. e ele não cansava de os beijar. foi a melhor surpresa que ele já tivera. eles transavam loucamente pelos corredores, quartos, cozinhas. em cima de cama, rede, chão. então ela se foi, e ele esperou o ultimo beijo, mas a única coisa que ela tinha a lhe dar era um adeus, e nunca mais voltou.
março 07, 2010
depressão pós-filme
o sono tomava conta de seu corpo, quando ela resolveu ver um filme. contava a história de um menino que nasceu velho e morreu jovem. era bizarro, ela viu que se a vida fosse diferente do que ela é hoje, não daria muito certo. isso fez ela refletir, ela percebeu que a vida não era tão comprida assim, que a gente deve aproveitar cada momento que se passe. trancada no seu quarto refletiu que deveria dar mais valor as pessoas, aos seus amigos queridos, aos seus pais, irmãos...
a beira dos seus pseudo-16 anos ela não sabia o que era viver. ela vivera aventuras, não uma vida de verdade. mas a vida é feita de aventuras? não, é feita de escolhas. passou toda a madrugada refletindo. "eu preciso viver, me libertar", ela chorou. daqui a poucos anos ela vai ver quem ela gosta ir embora, e não vai poder fazer nada. só se lamentar por não ter feito essas pessoas felizes, ela chorou. ela pensou em se matar. amigos, pais, irmãos sentiriam sua falta. ela tem pessoas que lhe amam e ela não sabe dar o valor pra eles. mas seguiu sua vida. comentou com seus amigos, seus pais. "nós te amamos" disseram eles. ela que pensava em achar o amor da sua vida, percebeu que não vale a pena procurar mais, deixe que ele te ache. não havia desistido de amar, mas sim de procurar. então, descobriu um lábio de mel, intocável, impossível. ele não a amava. e não a queria. não a iludiu. ela não sentiu, não chorou. descobriu que dar foras era melhor que levar. e que dar umazinha não fazia mal de vez em quando. e ela sorriu. descobriu que a vida não era só amor.
a beira dos seus pseudo-16 anos ela não sabia o que era viver. ela vivera aventuras, não uma vida de verdade. mas a vida é feita de aventuras? não, é feita de escolhas. passou toda a madrugada refletindo. "eu preciso viver, me libertar", ela chorou. daqui a poucos anos ela vai ver quem ela gosta ir embora, e não vai poder fazer nada. só se lamentar por não ter feito essas pessoas felizes, ela chorou. ela pensou em se matar. amigos, pais, irmãos sentiriam sua falta. ela tem pessoas que lhe amam e ela não sabe dar o valor pra eles. mas seguiu sua vida. comentou com seus amigos, seus pais. "nós te amamos" disseram eles. ela que pensava em achar o amor da sua vida, percebeu que não vale a pena procurar mais, deixe que ele te ache. não havia desistido de amar, mas sim de procurar. então, descobriu um lábio de mel, intocável, impossível. ele não a amava. e não a queria. não a iludiu. ela não sentiu, não chorou. descobriu que dar foras era melhor que levar. e que dar umazinha não fazia mal de vez em quando. e ela sorriu. descobriu que a vida não era só amor.
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