o sono tomava conta de seu corpo, quando ela resolveu ver um filme. contava a história de um menino que nasceu velho e morreu jovem. era bizarro, ela viu que se a vida fosse diferente do que ela é hoje, não daria muito certo. isso fez ela refletir, ela percebeu que a vida não era tão comprida assim, que a gente deve aproveitar cada momento que se passe. trancada no seu quarto refletiu que deveria dar mais valor as pessoas, aos seus amigos queridos, aos seus pais, irmãos...
a beira dos seus pseudo-16 anos ela não sabia o que era viver. ela vivera aventuras, não uma vida de verdade. mas a vida é feita de aventuras? não, é feita de escolhas. passou toda a madrugada refletindo. "eu preciso viver, me libertar", ela chorou. daqui a poucos anos ela vai ver quem ela gosta ir embora, e não vai poder fazer nada. só se lamentar por não ter feito essas pessoas felizes, ela chorou. ela pensou em se matar. amigos, pais, irmãos sentiriam sua falta. ela tem pessoas que lhe amam e ela não sabe dar o valor pra eles. mas seguiu sua vida. comentou com seus amigos, seus pais. "nós te amamos" disseram eles. ela que pensava em achar o amor da sua vida, percebeu que não vale a pena procurar mais, deixe que ele te ache. não havia desistido de amar, mas sim de procurar. então, descobriu um lábio de mel, intocável, impossível. ele não a amava. e não a queria. não a iludiu. ela não sentiu, não chorou. descobriu que dar foras era melhor que levar. e que dar umazinha não fazia mal de vez em quando. e ela sorriu. descobriu que a vida não era só amor.
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