seu ultimo movimento que me lembro foi um beijo de longe. o sinal tocou e ele se foi. minha vida rotineira de terceiranista não é tão legal pra quando eu era primeiro ou segundo. aquelas aulas monótonas e absurdamente chatas, como é que alguém pode assistir duas aulas de matemática, e as suas ultimas da sexta-feira? não que eu não goste mas eu prefiro estar em boas companhias na sexta. sexta-feira é dia de cerveja, e não fui eu quem disse isso.
suas feições engraçadas me chamam a atenção. é um homem esguio e alto, tem um nariz grande e cabelos claros. me trata como se eu fosse uma amiga intima, pra quem conhece há pouco tempo é estranho. acho que nós temos algo muito bom pra viver ainda. ele se acha insignificante perante a minha beleza toda. e é verdade.
a sexta tinha tudo pra ser a melhor possível, apesar do minha doença que até agora parece que é incurável porque não passou ainda. mas sabe como é, tem sempre algo que estraga nossa felicidade. ele se foi, sem ao menos dizer adeus. nem um sorriso na cara pra dizer que estava indo. não posso esperar que uma pessoa que não saiba que eu a amo faça esse tipo de coisa. é eu o amo, mas não como uma mulher ama seus seios, ou um homem ama seu pau. mas eu o amo, como uma criança ama seu cachorro. um amor meio... puro. e ele nem sabe. é por isso que eu me apego aos meus cigarros, eles me amam, e eu preciso deles.
me deitei a noite eram 2h23, e pensei na covardia que ele tinha feito. não me tratou nem como um cachorro deve ser tratado. sonhei com seus cabelos e sua barba por fazer, apenas sonhei e pedi pra que toda aquela sexta fosse um sonho também.
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