novembro 28, 2010

Louca

Meu  problema em amar demais. É chorar por 40 minutos, sem ninguém saber, só porque eu não gosto de brigar com você.

mais insano que nunca

Às vezes eu fico pensando em como materializar meus sentimentos ou coisa do tipo. Tentar fazer com que os meus sentimentos virem metáforas bem metafóricas. Tento personificar o que eu penso, tentar transmitir meus sentimentos em uma pequena estória, engraçada, ou que você consiga tirar algum tipo de ensinamento, mesmo que não tenha, ou minha intensão não seja essa. Mas e como eu vou fazer isso? é bem complicado, pensar e agir. Primeiro que materializar os sentimentos é uma coisa que aparentemente banal, é bem complicado. Não, é absurdamente complicado. Depois criar uma estória em cima disso, de um sentimento materializado ou personificado. Pois isso eu desisti. Aquela história que a felicidade bate em sua porta... Não sei. Eu não acredito muito em personificação da felicidade. Se formos fazer isso com o ódio, a materialização do ódio seria o Zé pequeno. HAHAHA. É muito cômico. As pessoas se sentem justiçadas, então a materialização da justiça também poderia ser o capitão nascimento. Já pensou? É foda!

Imagine pra mim, que não sou uma boa escritora, que normalmente falo sobre amor ou sexo, nunca me dirijo a você, ou a outra pessoa que está lendo. Estar me abrindo aqui pra você é bem intenso. Complicado. Além de complicado, não é bem assim que eu gosto de me dirigir a você que talvez seja um leitor assíduo do insanidade natural.

Personificar um sentimento: mas como fazer isso? Saudade – Meu pai. Felicidade – Amigos. Diversão – Ai fica por sua conta. Mas e o amor? Eu que falo tanto de amor, me atrapalho quando vou falar de mim, e você que costuma ler minhas estórias vai pensar: “Essa menina é eternamente apaixonada, ou se apaixona muito facilmente. Coitada”. N     ão é bem assim. Sabe quem é minha personificação do amor? VOCÊ!

Você que diz que gosta das minhas histórias, que sente o que eu sinto quando escrevo. Você que diz que me ama e pensa em mim antes de dormir. Você que faz parte da minha vida. Você mesmo, que me faz sentir uma completa imbecil – e olhe que eu detesto esse xingamento – quando falo de você ou com você.

agosto 07, 2010

teu corpo, uma arma.

Sob a escuridão dos teus cabelos não vejo o mundo aqui por fora. Por trás de armações coloridas estão escondidos os olhos mais doces já existentes. Embaixo dessa armadura esconde-se sua alma, sua bondade, seu corpo que minhas mãos desejam ardentemente percorrer. Sua pele macia que exposta através de seu vestido de alcinha, imploram para que sejam tocadas. Você. Eu. E cada suspiro seu, meu ar se esvai. Seus pés, seus olhos, suas belas saboneteiras. Perco-me a cada passo. Teu corpo.

Na minha cama você me provoca, despe meus sonhos, molha minhas noites. Não posso te tocar, te enfeitiçar. Agora estás em meus braços, com feições tristes, com o corpo coberto por um ar gélido. Teu corpo morto, frágil. Tão perfeita. Seus lábios pedem desesperadamente por um beijo meu. Desejo-te aqui comigo, você está aqui e não está. Seus olhos brilhantes me penetram, penetram minha alma. Eles não piscam, só observam. E deitado ao seu lado, jazido como você, uma garrafa e eu a me embebedar com veneno. Ele vai me levar até você, e lá eu te terei.

abril 11, 2010

a vida de um jeito inusitado

O despertador o acordou às sete horas da manhã e seus pés estavam muito inchados. Parece que só tinha cochilado pouco mais de trinta minutos, sua cabeça ainda estava doendo e sua televisão ainda estava ligada. Tomou seu banho quente, tomou aquele bom banho dos pés a cabeça. Saiu enrolado na toalha para tomar o seu café forte com pouco açúcar. o jornal já estava em sua porta quando avistou uma bela moça morena com olhos cinza-azulado. Ele estava de toalha com a xícara de café na mão quando abriu a porta de seu terraço. Ele um jovem moço bonito com seus 25 anos, cabelos castanhos claros, molhados. Olhos de gato, de um amarelo meio marrom.

Leu o jornal da manhã, tomou seu café com torradas, fumou um cigarro e foi para seu escritório. Seu carro não era conversível, não era do ultimo modelo. Em plena avenida observava os carros passando como vultos de luz colorida. No alto do arranha-céu um pássaro bonito, grande, tão simples e bonito como o farfalhar das árvores. Laranja, amarelo, vermelho. Não sabia ao certo, ele estava longe demais de seus olhos, mas não pra perceber que o animal estava um pouco velho e triste. Seu escritório é próximo àquele arranha-céu, não chegava a mais de 5 metros de distância. Sentou-se em sua cadeira a observar aquele passaro formoso.

FOGO! O passaro estava em chamas, ele não conseguia ajudá-lo, chamou seus amigos para verem, mas eles não o viram. O passaro, aquele magnífico passaro estava morto, angustiado em sua morte lentamente dolorosa. Ficou abismado com aquela cena tão cruel. Quem poderia botar fogo em um pássaro? Era de uma sensação apavorante, era como se estivessem pondo fogo nele, naquele homem. Em alguns minutos, que pareciam uma eternidade, o passaro estava em cinzas. Cinzas como a do cigarro que o jovem havia fumado naquela manhã.

Quanta brutalidade existe nesse mundo. Matar um passaro, matar um passaro tocando fogo. Pensou naquilo durante todo aquele dia. Seu expediente havia acabado, pegou seu carro em direção de casa viu aquele mesmo passaro daquela manhã perseguindo seu carro. Deve haver vários desses pássaros na rua. Ele realmente nunca havia visto algo tão surpreendente em sua vida. Dono de uma enorme calda brilhante cor de fogo, aquele passaro dava lindos rasantes em quanto suas penas balançavam de acordo com o movimento do vento. Ao estacionar seu carro em frente a sua casa, o bicho colocou-se de pé numa posição sublime, digna de uma grande majestade.

Com os anseios a flor da pele, aproximou-se do animal logo depois de o obsevar atentamente. Ele não parecia agressivo. Olhou bem dentro dos olhos do animal, sentiu uma prosperidade magna. Levantou as mãos, tocou nele. Ele estava em chamas outra vez. Foi ele que havia posto fogo nele aquele dia, com seus olhos, deus dedos. Não podia reverter aquilo, correu pra dentro de casa, pegou uma panela, encheu de água. Voltou ao animal derramou toda aquela água nele, mas não fazia efeito algum. Só aumentava mais o fogo, a medida que o tempo passava ele pensava que seria capaz de matar todos aqueles pássaros, pensou em nunca mais sair nas ruas por instantes. O passaro estava em cinzas, então o homem ficou observando aquelas cinzas, afixado em seu medo, seu espanto. As cinzas se mexeram, lentamente outro animalzinho feio, nada formoso como aquele que havia se destruído minutos mais cedo, havia renascido das cinzas. Demorou a perceber, mas aquele passaro era uma fênix. A fênix era sua vida.

abril 01, 2010

voyeur, exibição, amor. é tudo fake

“Desce filha” foi uma das únicas palavras que ela conseguiu se lembrar daquela tarde, o resto foi tudo relatado por amigos. Saiu da faculdade, como de costume foi até aquele barzinho da esquina com os amigos. Comeu, bebeu, foi pra casa dos amigos. Lá era aconchegante, tinha uma piscina quente e chamativa de um azul celeste. Bebeu mais, e mais, e começou aquela brincadeira “Eu nunca” com algumas adaptações. Beijo vai, beijo vem. EXATAMENTE, “Eu nunca” com beijos. Gole vai, gole vem. Estavam todos bêbados, e ela mais decadente que todos juntos. Começaram todos a ficar, e ela não poderia ficar de fora.

Beijou sua melhor amiga, seu melhor amigo, seu namorado, beijou um colega, uma colega, beijou o poste, o cachorro, a planta. Beijou um, beijou dois, três ao mesmo tempo. Ela estava completamente bêbada, não tinha consciência dos seus atos. Foi seu primeiro momento exibicionista. Ela fez tudo aquilo que ela costuma fazer em 4 paredes para uma pessoa ver. Debaixo de um chuveiro, ela se deliciava com beijos quentes e carícias de seu namorado. Debaixo do chuveiro, ela puxava os cabelos dele, arranhava suas costas. Eles gemiam juntos, se tocavam juntos, se amavam juntos de baixo de um par de olhos observantes.

Sua ousadia era tanta que sem mais nem menos ela desceu a sua cueca só pra provocar. Ele não resistiu, delirou. Pegou a mão delicada de sua namorada e passou em torno de seu corpo até chegar em seu membro. Ela o tocou, ele a tocou. Ela desceu seu rosto, o chupou até de tão bêbada cair no chão. Pediu um beijo pra aqueles olhos, e foi retribuída. Beijava aqueles olhos e ao mesmo tempo era chupada por ele. O observador foi ao ápice, estava vendo tudo aquilo que nunca havia visto antes. Era a melhor cena de sua vida: SEXO! Sexo entre dois amigos seus. Era sua primeira cena de voyeurismo. Era tudo tão excitante, eles estavam a menos de 1 metro a sua frente.

Beijos, suores, água, secreções. Tudo o que aqueles olhos queriam ver. Gemidos de brinde. Era como um grande chocolate, daqueles bem saborosos que a gente se lambuza e ao final sempre chupamos o dedo. E com aquele mesmo dedo, brincamos com o brinquedo que vem logo após a primeira camada de chocolate. Aquela piscina chamativa chamou os exibicionistas pra lá. Com mais uma dose eles entraram naquela água quente, e foi lá que eles transaram.

A escuridão do lugar era um atrativo, um afrodisíaco. Transaram a noite inteira, os gemidos eram audíveis a toda a vizinhança ao redor. Ele botava, ela gritava. Ele botava, ela ia ao céu. Foi a transa mais inconseqüente de toda sua vida. Ela era engolida pelo prazer, ele se lambuzava com a vagina dela. Ele botava cada vez mais forte, ela gemia cada vez mais alto. Aqueles olhos brilhantes vomitavam excitação. E todo aquele momento ficou pra sempre em sua memória. Os gemidos, as caricias. Tudo ficou marcado.

Saíram da piscina, quase pelados. Fizeram uma merda grande, ele sentou-se no banheiro, chorou. Ela agarrou-se com a privada, vomitou. Ele disse que a amava, ela disse que o amava. Ele a beijou, não era um gosto tão agradável. A exibição tinha acabado, mas a melhor parte tinha começado. Eles se amavam, se amavam.

março 27, 2010

aqueles verdinhos

aquele cheiro de cerveja me veio abruptamente, sem meios nem motivos. as madrugadas não são tão badaladas como foi a de hoje, não sai de casa mas fiquei ouvindo os típicos cds de uma garota como eu gosta de ouvir. deitada em meu sofá vendo aqueles programas importunos que gostam de torturar as pessoas. eu realmente não tinha nada de interessante pra ver ou fazer. me veio a magnífica ideia de fazer coisas que eu nunca havia feito. em pleno raiar do dia me veio uma vontade de sair, dar a louca. minha mente insana corroia todos os meus pensamentos. aquele cheiro me lembrava um príncipe. o príncipe que não fazia parte de um conto de fadas.

não era bem um príncipe, afinal eu nem era apaixonada por ele. príncipes são por quem as princesas se apaixonam. principes não fumam, não bebem, não fumam maconha, não transam, não tocam punheta, não tiram notas baixas, não vão a escola. príncipes só tem cabelos claros e olhos verdes. e que olhos são aqueles, deixam qualquer um que passa entorpecido. ao crusar meus olhos com os seus pela primeira vez eu fiquei completamente hipnotisada. eles eram grandes quando olhavam pra mim, grandes esmeraldas verdes. eles estavam vermelhos, na verdade. bem vermelhos por conta da maconha. um súbito momento de insanidade da minha parte tive vontade de arranca-los de seu globo.

eu sou fascinada por suas esmeraldas. elas vem acompanhadas de um rosto, um corpo de traços leves. aquela barriga branca e magra me faz gozar de loucura. ele cheira a cigarro, e todos aqueles cheiros que um principe nunca vai ter. mas ele ainda é um principe. seus olhos deslisaram por todo o meu corpo, meus olhos, meu nariz, minha boca, meus seios, minha barriga, minhas coxas, meus pés. havia um tipico brilho naquelas esmeraldas, era o desejo. principes são carinhosos, e detalhistas. isso fazia dele um principe. acariciava meu corpo com suas mãos macias, e suas esmeraldas me deliravam.

em minha cama sonho todas as noites com aqueles olhos, e com seu cheiro de cerveja. eu tinha tudo aquilo, e não era aquilo que eu realmente queria pra mim. principes são só em contos de fadas. eu gosto dos lobos-mau!

o lobo da rede, e dos olhos-esmeralda.

março 22, 2010

eu, por ele.

eis que surge ela, com seu espectro limpo, uma ninfa, uma deusa. tão bonita por dentro que chega a cegar impuras almas como a minha. eu me rendo a ela como um perecei ao ajoelhar-se diante de seu rei. ela é tão bonita por dentro como por fora. seus olhos escuros, sua pele macia e sua boca carnuda me despertam desejos jamais despertados antes. ela vem com seus cabelos dourados ao sol do meio-dia em minha direção, e eu não tenho pra onde fugir. minhas pernas não se movem. o meu amor por ela é imenso. ela passa, fala comigo. Dá-me um beijo e um abraço. eu não me movo, não posso falar sobre os meus sentimentos para ela.

sentada ao meu lado percebo que ela é ainda mais bonita de perto, mas eu não posso ter um contato tão próximo dela assim, somos só bons amigos. ela me derrete com aquela risada espalhafatosa e seu sorriso metálico, ela é linda. eu sofro de amores por ela. amar é uma arte, sofrer faz parte, ela sempre diz. eu até tentei jogar um charme pra ela com toda a minha idiotice e jeito menino maduro e amigo de ser. sou mais um súdito aos pés da princesa. ela é rodeada por todos aqueles amigos fortes, ombrudos ou somente mas velhos, não a vejo com mulheres, e quando vejo não são muitas. somos quatro, um casal de amigos, que são só amigos, e eu e ela. eu a amo. ela não me ama, ou se ama não demonstra.

suas feições e sua valentia me tiram do sério. ela é ainda mais perfeita quando me abraça, faz todo o meu mundo girar. sou a primeira pessoa que ela cumprimenta, eu a amo. trocamos mensagens e segredos. eu a amo. não estou certo se isso é amor, mas se for, vejo o quão bonito é amar. eu não sou digno de seu amor. não sou.


- hahaha, mal sabe ele o quanto eu o amo.

março 20, 2010

aquela decadencia pouco comum

Estava ela sentada nas tão famosas cadeiras de plástico afogando suas magoas em um copinho de pitu. Ouvindo aquela musica empolgante daquelas bandas não tão famosas assim que tocavam por aquelas ruas no recife antigo, percebeu que o quão gigante era o mundo fora de seu umbigo. Viu aqueles caras que tem precisam vender drogas pra sobreviver, e os que não precisam mas vendem mesmo assim. Viu aqueles caras na rua que vendem artesanato pra sobreviver, e eles precisavam mesmo. Bebeu mais uma dose, e viu todos aqueles filhinhos de papai que cheiravam loló sentados ao meio-fio. Viu todos os movimentos que o baterista fazia com suas baquetas. Ela viajou na imagem que eles faziam. Bebeu outra dose. Se levantou de sua cadeira, foi até aquele cara que vendia drogas, pediu um dólar de dez. Fez o cigarro, noiou pesado. Foi até o cara do artesanato. E comprou tudo o que ele podia vender com 30 reais. Encontrou com seus amigos de infância, em plena decadência de uma pessoa. Ela caiu no chão, vomitou todo seu egocentrismo, toda sua decadência. Ela estava sozinha. Seus amigos riam e ela percebeu que a moral que ela tinha havia perdido, em pleno antigo. Quem era ela naquela hora? Os seguranças tentaram a ajudar, perguntaram onde ela morava, seu nome. Ela não sabia. Deitou-se em pleno meio-fio as 4h50 da manhã. Anjos e auras coloridas iam buscá-la, ela conversou com elas como se fossem reais. Ela se levantou como se não tivesse acontecido nada, seus cabelos bagunçados faziam parte de seu declínio. e foi cambaleando pelas ruas perdidas daquele antigo pouco movimentado.

como um cachorro pode ser tratado

seu ultimo movimento que me lembro foi um beijo de longe. o sinal tocou e ele se foi. minha vida rotineira de terceiranista não é tão legal pra quando eu era primeiro ou segundo. aquelas aulas monótonas e absurdamente chatas, como é que alguém pode assistir duas aulas de matemática, e as suas ultimas da sexta-feira? não que eu não goste mas eu prefiro estar em boas companhias na sexta. sexta-feira é dia de cerveja, e não fui eu quem disse isso.

suas feições engraçadas me chamam a atenção. é um homem esguio e alto, tem um nariz grande e cabelos claros. me trata como se eu fosse uma amiga intima, pra quem conhece há pouco tempo é estranho. acho que nós temos algo muito bom pra viver ainda. ele se acha insignificante perante a minha beleza toda. e é verdade.

a sexta tinha tudo pra ser a melhor possível, apesar do minha doença que até agora parece que é incurável porque não passou ainda. mas sabe como é, tem sempre algo que estraga nossa felicidade. ele se foi, sem ao menos dizer adeus. nem um sorriso na cara pra dizer que estava indo. não posso esperar que uma pessoa que não saiba que eu a amo faça esse tipo de coisa. é eu o amo, mas não como uma mulher ama seus seios, ou um homem ama seu pau. mas eu o amo, como uma criança ama seu cachorro. um amor meio... puro. e ele nem sabe. é por isso que eu me apego aos meus cigarros, eles me amam, e eu preciso deles.

me deitei a noite eram 2h23, e pensei na covardia que ele tinha feito. não me tratou nem como um cachorro deve ser tratado. sonhei com seus cabelos e sua barba por fazer, apenas sonhei e pedi pra que toda aquela sexta fosse um sonho também.

março 18, 2010

meus rémedios sem efeito

Deitada em meu quarto analisando as minhas paredes descascando, vejo o mundo alegre e claro passar lá fora. estou eu aqui deitada nessa cama que parece afundar a cada minuto sob o efeito do maldito remédio. adoeci sem mais nem menos. dormi a tarde toda e a noite dava aqueles cochilos. às 5h45 da manhã o rádio-relógio me acorda com uma música bem animadora, mas o maldito remédio não tinha feito efeito ainda. me levanto, e vou até o meu monitor, sento bem em sua frente... É ele realmente fez o que havia prometido, fui comer, tomar meu banho. li sua história. me comoveu, me ganhou mesmo. foi uma situação engraçada, descreveu exatamente como tinha sido, menos uns detalhes.

ao sair de casa, me deparei com os senhores e senhoras atravessando a rua, transitando com os carros em plena avenida. eu esperei meus habituais 30 minutos na parada por aquele ônibus maldito: casa amarela/nova torre. só tinha 10 reais no bolso, a cobradora disse que não teria troco pra me dar. me revoltei, é obrigação deles me darem o troco, e eu lá... completamente doente, em pé, esperando a cobradora arrumar meu troco. eu estava suando frio e me tremendo, mas eu fui para aquele bendito colégio naquele dia. desci do ônibus, me tremendo e respirando fundo. cheguei bem a tempo do sinal ter tocado.

a procura dos meus amigos com o papel na mão, eu havia esquecido toda a noite anterior, e o episódio do ônibus. me dirigi até o porteiro pra perguntar dos meus amigos, ele não sabia ao certo. Merda, pensei na hora. então fui eu mesma procurar, achei boa parte deles. mas o que eu queria, o principal. ELE não estava lá. Ta atrasado, pensei comigo. Não estava. ele não foi. nem ao menos avisou para seus amigos, não fui atrás. deixei pra lá. voltei pra minha casa após exibir para todos os meus colegas aquela história. me sentindo como se fosse a mona lisa ou uma Iracema inspiradas por grandes artistas. as musas. a musa era eu, num momento em particular.

tomei outro remédio, e voltei a minha nóia viciante. as vezes acho que vou ter uma overdose. me deito novamente em minha cama e olho as luzes fortes que minha cama reflete, elas me dão dor de cabeça. e uma grande dor de cabeça. me desligarei do mundo por 30 minutos e que meus sonhos me levem até o pátio dos céus.

março 13, 2010

ultimas palavras

o mundo que gira ao meu redor não pertence mais. eu não sei se alguma vez já pertenci a ele. eu não vivo mais na luz onde todos vivem, eu vivo numa escuridão onde posso ver as coisas terríveis desta vida. não tenho mais motivo pra continuar nessa escuridão, será que alguém pode me tirar daqui? isso é uma tortura, eu vejo uma mão. eu não a alcanço. de quem será essa mão? eu quero sumir. eu quero viver na luz. fantasmas do passado me perseguem. fantasmas do presente me maltratam, eu não sinto que pertença mais a esse mundo. não tenho ninguém ao meu lado pra compartilhar essa dor, fantasmas do presente me torturam. será que eu tenho alguma chance de sobreviver? Pai nosso que estás no céus, Santificado seja o Teu nome... Alguma chance?... Venha nós o Teu reino, Seja feita a Tua vontade... Estou perdida num caminho sem volta... Assim na terra como nos céus, Santificado seja o Teu nome... Deus, me mostra a luz que tanto preciso... Mas livrá-nos Senhor, do mal... Me ajuda se é que você existe, não quero mais que me dê o que não preciso... A...M...É...M.

Ao meu lado, os céus me chamam. Os primeiros Raios de Luz vem me cegar. Boa noite, que eu descansarei num sono eterno.

março 09, 2010

o primeiro.

O gemido que antecede o gozo

Devorando os sentidos,
incentivando mordidas.
Ondas que crescem, ganham
forças, somos capazes
de transformar instantes de prazer,
em momentos intermináveis de gozo profundo.

Nos preenchemos, tudo à volta
perde o sentido, e nos tornamos
um só corpo..

março 08, 2010

chamada inesperada

o telefone tocou, era ele. ela ficou excitada ao ver que ele havera ligado pra ela. ele nunca ligava. ele a chamou pra ir a sua casa, mas ela falou que não poderia ir. tinha um trabalho da faculdade pra fazer, eles será namorados ha muito tempo. incrível como ele nunca ligava pra ela. tinha feições bonitas. tinha os olhos claros, um verde bem chamativo. as vezes ela parava pra olhar seus olhos, e ficava o beijando ou apenas olhando seus olhos. ela apareceu de surpresa na casa dele aquela noite. eles se beijaram lambusando-se em saliva. ele dizia que a amava ao mesmo tempo em que batia. "tapa de amor não dói", doía sim. mas não importava. eles transavam ardentemente afogando-se em seus próprio suores. eles cheiravam a sexo. aquela noite foi a melhor que havia passado com ele. andaram toda a casa, e ele não parava de elogiar os seus "peitinhos". eles eram grandes e bonitos. e ele não cansava de os beijar. foi a melhor surpresa que ele já tivera. eles transavam loucamente pelos corredores, quartos, cozinhas. em cima de cama, rede, chão. então ela se foi, e ele esperou o ultimo beijo, mas a única coisa que ela tinha a lhe dar era um adeus, e nunca mais voltou.

março 07, 2010

depressão pós-filme

o sono tomava conta de seu corpo, quando ela resolveu ver um filme. contava a história de um menino que nasceu velho e morreu jovem. era bizarro, ela viu que se a vida fosse diferente do que ela é hoje, não daria muito certo. isso fez ela refletir, ela percebeu que a vida não era tão comprida assim, que a gente deve aproveitar cada momento que se passe. trancada no seu quarto refletiu que deveria dar mais valor as pessoas, aos seus amigos queridos, aos seus pais, irmãos...
a beira dos seus pseudo-16 anos ela não sabia o que era viver. ela vivera aventuras, não uma vida de verdade. mas a vida é feita de aventuras? não, é feita de escolhas. passou toda a madrugada refletindo. "eu preciso viver, me libertar", ela chorou. daqui a poucos anos ela vai ver quem ela gosta ir embora, e não vai poder fazer nada. só se lamentar por não ter feito essas pessoas felizes, ela chorou. ela pensou em se matar. amigos, pais, irmãos sentiriam sua falta. ela tem pessoas que lhe amam e ela não sabe dar o valor pra eles. mas seguiu sua vida. comentou com seus amigos, seus pais. "nós te amamos" disseram eles. ela que pensava em achar o amor da sua vida, percebeu que não vale a pena procurar mais, deixe que ele te ache. não havia desistido de amar, mas sim de procurar. então, descobriu um lábio de mel, intocável, impossível. ele não a amava. e não a queria. não a iludiu. ela não sentiu, não chorou. descobriu que dar foras era melhor que levar. e que dar umazinha não fazia mal de vez em quando. e ela sorriu. descobriu que a vida não era só amor.